sexta-feira, 13 de julho de 2007

PanAmericano 2007 - Rio de Janeiro




Cada um vai fazer seus comentários sobre a abertura dos jogos é claro, mas eu adorei! Ontem tive raiva e queria apagar a tocha olímpica ehehehehe mas é porque ninguém merece ficar parada na orla de Copacabana mais de hora depois de um plantão. Mas hoje assistindo a festa no Maracanã voltei ao espírito esportivo e gostei muito. Aliás acho que a cidade só perde mesmo com o trânsito que está sendo bem complicado, mas a segurança, se fosse mantida, seria um sonho, quando todo mundo quer atingir um objetivo é mesmo possível, pena que não há esse interesse todo em diminuir a violência e o tráfico de drogas na cidade, mas voltando a parte boa... O coro cantando o Hino Nacional junto com a Elza Soares foi de arrepiar, a parte feia no início foi a chegada do Presidente, o Lula levou uma sonora vaia, não que ele não mereça por vários motivos, e respeitando a democracia em que vivemos todos tinham o direito de se manifestar, mas fica feio, fica esquisito, fica desconfortável é a palavra e não o deixaram nem decretar aberto os jogos, coisa que nunca aconteceu em outros anos, desnecessário na minha opnião. Mas ele se emocionou em vários momentos, era visível. Entraram os ritimistas das escolas de samba do Rio pelo meio da arquibancada e imagino que estando lá tenha sido muito boa aquela energia toda, energia que é o tema do Pan. A cerimonia não foi coisa para gringo ver, o que era meu medo, foi muito brasileiro e de bom gosto. O show pirotécnico parecia um balet lindo, a imagem do Maracanã visto de cima colorido estava linda também. Feio vaia para Argentina e EUA temos que ser anfitriões exemplares, já que é de nossa hospitalidade que nos orgulhamos sempre. Mas as outras delegações foram bem recebidas ao som de chorinho e algumas até dançavam, mesmo que sem muito jeito, como a porta bandeira animada do Canadá. A entrada do Brasil foi emocionante, ovacionada como não podia deixar de ser, vi o irmão do atleta da esgrima, que foi meu paciente no hospital depois do acidente que o tirou da competição, com o nome dele escrito no uniforme, vi o nosso porta bandeira especialmente feliz em ter aquela responsabilidade e vi o povo nas arquibancadas realmente orgulhoso de ser brasileiro e cantando isso, mesmo que em muitos momentos tenhamos vergonha. A imagem do amanhecer na floresta, o jacaré feito pelo pessoal de Parintins que parecia de verdade, os pássaros e borboletas como se voassem e isso tudo ao som de Vila Lobos estava perfeito, até vir a imagem da Praia de Copacabana, o calçadão feito com bandeiras, a música de Tom Jobim....mas não parou por aí, Adriana calcanhoto cantando nossas músicas de ninar e depois o festival de folclore, acho que a Rosa Magalhães, carnavalesca responsável, fez um lindo e eficiente trabalho, seguiram-se os protocolos da cerimônia com o Presidente do COB declarando abertos os jogos, bandeiras asteadas e os atletas levando a tocha até ser acesa a pira olímpica, amei ver a Seleção Brasileira de Vôlei masculino, a chamada geração de ouro, me lembrei dos tempos de jogo no Maracanãzinho, onde gritava muito pelos meninos, e a surpresa de quem acenderia a tocha terminou, não era o Pelé como a grande maioria achava, eu também, mas era o Joaquim Cruz, medalhista olímpico, melhor escolha que o Rei do Futebol. Para encerrar Daniela Mercury cantando Cidade Maravilhosa e Aquarela do Brasil, acho que valeu e muito esse início, vamos torcer para que tudo permaneça assim.

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